No início dos anos 60, nas praias quentes da California nos Estados Unidos surge um gênero que viria a revolucionar a música pop mundial, além de ilustrar e imortalizar a cultura do surfe através de um som característico e único denominado surf music. Com batidas e levadas dançantes e muito reverb nas guitarras o gênero se espalhou rapidamente e logo ganhou o mundo, sendo muito cultuado e difundido até os dias de hoje por surfistas, não surfistas e apreciadores da música no geral, além de integrar diversas trilhas sonoras de grandes clássicos do cinema. Muitas bandas que representam o gênero optam pelo formato instrumental, trazendo linhas melódicas de guitarras e metais que dispensam em sua maioria a necessidade de letras e arranjos vocais, contudo existem muitas bandas que optam pela expressão vocal cantada em seus trabalhos, sendo denominadas pelo subgênero surf pop vocal.

Mas é longe das praias e de todo calor litorâneo, bem no meio da caatinga e as margens do rio Ipojuca em Caruaru que surge no final de 2014 o trio de música instrumental Tartarugas de Patinetes, que mesmo distante do contexto das águas quentes e ondas altas traz como principal influência na bagagem musical a calorosa e vibrante surf music californiana que é incrementada então por arranjos psicodélicos e levadas mais densas criando assim algo que poderia ser denominado como psicosurf.

Ao longo de pouco mais de três anos de existência, a banda conta com repertório totalmente autoral e traz no currículo apresentações marcantes como a participação no festival Capibaribe in Rock na cidade de Santa Cruz do Capibaribe em 2015, a apresentação no Polo
Azulão do São João de Caruaru em 2016 e um show memorável em Natal (RN) na terceira edição do Selvagem Festival, um dos maiores festivais de música independente do Nordeste em março de 2017, além da participação em três edições consecutivas no festival Porto Som
que acontece na praia do Porto Nassau em Barreiros (PE) durante a semana santa. Em Caruaru a banda realiza em parceria com o “Coletivo Caldo” o festival “Tsunami Underground” que teve três edições até então e trouxe grandes nomes da surf music nacional, entre eles a veterana da nova geração do gênero “The Mullet Monster Mafia” (SP) que mostrou-se muito entusiasmada com a receptividade e energia no cenário local.

No segundo semestre de 2016 a banda é convidada para participar da coletânea “Brazilian Tsunami - A Portrait of the Brazilian Surf Scene/2016” e grava seu primeiro single “A Terrível Perseguição Intergaláctica ao Último Quilombo de Emme Ya” integrando assim o
trabalho que será lançado pelos selos “Orleone Recz” e “Reverb Brasil”. Em paralelo a coletânea o single está com lançamento previsto através do selo “Bicho Grilo Records” para o dia 30/04/2018 em formato digital, além de um vídeo clipe da mesma com lançamento
previsto para o dia 28/05/2018 que está sendo captado em parceria com a “Cosmic Midia” e também será disponibilizado nas plataformas digitais.

A gravação do primeiro disco está prevista para o segundo semestre de 2018 e contará com 10 faixas autorais que mesclam temas dançantes ao universo lisérgico da música psicodélica e muita energia. O mesmo será lançado também pelo selo “Bicho Grilo Records”.